top of page

Palestras abordam o "2 de Julho"

Atualizado: 14 de fev. de 2023


Dando sequência ao ciclo de palestras "Aprendendo e ensinando no café" que o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia realiza em sua sede, no centro de Salvador, o presidente do (IGHB), Joaci Fonseca de Góes (áudio ao lado), discorreu na tarde deste 27 de julho, sobre o tema “Revisitando a Independência do Brasil na Bahia”.

Em uma concorrida apresentação, Góes chamou a atenção para a importância do “2 de julho” e conclamou a sociedade baiana para tomar consciência da importância que, na opinião dele, no estado da Bahia, essa revisitação passa por investimento público em saúde e educação.

A palestra foi a segunda palestra desta semana tendo como pano de fundo o bicentenário do 25 de junho, quando a Câmara Municipal de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, proclama dom Pedro I como “regente constitucional e defensor perpétuo do Brasil”.

Tudo isso, sob a ameaça de uma escuna militar portuguesa, fundeada no Rio Paraguaçu, que abriu fogo contra os cachoeiranos.

O episódio, aliás, foi abordado na palestra inaugural, realizada neste 25 de julho pelo historiador cachoeirano Igor Almeida, com ênfase na figura do jovem Manoel Soledade, então com 13 anos de idade e que entrou para a história como "Tambor Soledade" (quando foi alvejado, ele tocava tambor).

O pesquisador trouxe duas informações inéditas sobre o acontecimento. A primeira das quais que a escuna que fez os disparos contra a população já estava fundeada desde o mês de abril daquele ano no Rio Paraguaçu, e não teria, portanto, chegado à região somente no mês de junho.

A segunda é que “Tambor Soledade”, oriundo de uma família de negros letrados, de acordo com o pesquisador, embora ferido pelos disparos de fogo, não morreu no ataque dos soldados portugueses.

O combatente Manoel Soledade ainda desenvolveu duas atividades ao longo de seus 62 anos de vida: foi funcionário público e “armador” (construtor de caixão funerário).

Igor Almeida mostra um documento assinado por Manoel Soledade, de recebimento por serviços prestados na funerária, datado de 1838, portanto, 16 anos depois do episódio.

O pesquisador informa ainda que, embora não casado, Tambor Soledade teve 10 filhos com duas mulheres e faleceu no dia 10 de novembro de 1870, em Cachoeira, aos 62 anos.


As palestras do IGHB são gratuitas e são transmitidas ao vivo pelo canal https://www.youtube.com/ighbba


Vaja a publicação do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia sobre o assunto clicando no botão abaixo



38 visualizações0 comentário
bottom of page